Delírios me vêm

Há marcas em mim, no meu coração

Calo meu grito

e a voz sai mansa,

delineio meu falar...

Falo com o olhar inexpressivo

supostamente sereno...

Olhar seco, pois as lágrimas

estão bem guardadas

No compartimento secreto das lembranças

Há marcas do meu passado...

Minha face,

antes jovial e sorridente

Hoje trás as marcas do tormento oculto...

Custo a crer na alegria

Dessa quimera onírica

E vêm as sensações...

Toque, pele, cheiros

Lábios, mãos, suaves toques...

Quanto tempo...

Delírios me vêm...