DOR POEMA!

Vereda pisca lanterna

Solfeja dor primeira

Lúme que se arriba

Canta sem o palpável tom

Rasgos latinos sobre ondas

Vereda no baixo Peruche

Peitinhos balançam grounge

Dark na dança que espeta

Sinal de trânsito parado

A leitura empaca a sina

Paricidas de amor em chamas

Ventre que clama todo teso

Fome do desejo aponta o táxi

Lamentos da vida como ela é

Tiradas em panos afoitos

Jornal passando passado

Arrigo de tubarões voadores

Minha boca pede teu beijo

Marieta é Carolina de Chico

Da bailarina por entre a construção

Nem vejo se entendo o lamento

Apenas aperto o coração

Em papel um corpo que sai

Na dobra da esquina do mundo.

A nau se põe a partir!

Peixão89

Um trieto com Maria Petronilha "Todo Poema" e Ferreira Gullar "Barulho", em algum tempo de 2003/04.

Peixão
Enviado por Peixão em 31/08/2006
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