Teus Seios "
Teus seios... quando os sinto, quando os beijo
na ânsia febril de amante incontestado,
- são pólos recebendo o meu desejo,
nos momentos sublimes de pecado...
E às manhãs... quando acaso, entre lençóis
das roupagens do leito, saltam nus,
- lembram, não sei, dois lindos girassóis
fugindo à sombra e procurando a luz!...
Florações róseas de uma carne em flor
que se ostenta a tremer em dois botões
- na primavera ardente de um amor
que vive para as nossas sensações...
Túmidos... cheios... palpitantes, como
dois bagos do teu corpo de sereia,
- tem um rubro botão em cada pomo
como duas cerejas sobre a areia...
Quando os tenho nas mãos... Quantas delícias!...
Arrepiam-se, trêmulos , sensuais,
e ao contato nervoso das carícias
tocam-me o peito como dois punhais!...
...........................................
Meu lúbrico prazer sempre consolo
na carne destas ondas revoltadas,
- que são como taças emborcadas
no moreno inebriante do teu colo...
............................................
Teus seios... são as fontes onde os loucos,
saciar a sede, tentam, da paixão,
- sede que mata e que sufoca aos poucos...
Teus seios!... Nada existe que os encarne!...
- São divinos pecados da Criação,
são dois poemas de amor feitos de carne!...
( Poema de J.G . de Araujo Jorge
in " Meu Céu Interior " - 1934 )
Teus seios... quando os sinto, quando os beijo
na ânsia febril de amante incontestado,
- são pólos recebendo o meu desejo,
nos momentos sublimes de pecado...
E às manhãs... quando acaso, entre lençóis
das roupagens do leito, saltam nus,
- lembram, não sei, dois lindos girassóis
fugindo à sombra e procurando a luz!...
Florações róseas de uma carne em flor
que se ostenta a tremer em dois botões
- na primavera ardente de um amor
que vive para as nossas sensações...
Túmidos... cheios... palpitantes, como
dois bagos do teu corpo de sereia,
- tem um rubro botão em cada pomo
como duas cerejas sobre a areia...
Quando os tenho nas mãos... Quantas delícias!...
Arrepiam-se, trêmulos , sensuais,
e ao contato nervoso das carícias
tocam-me o peito como dois punhais!...
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Meu lúbrico prazer sempre consolo
na carne destas ondas revoltadas,
- que são como taças emborcadas
no moreno inebriante do teu colo...
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Teus seios... são as fontes onde os loucos,
saciar a sede, tentam, da paixão,
- sede que mata e que sufoca aos poucos...
Teus seios!... Nada existe que os encarne!...
- São divinos pecados da Criação,
são dois poemas de amor feitos de carne!...
( Poema de J.G . de Araujo Jorge
in " Meu Céu Interior " - 1934 )