Uma vida diária
É manhã de sol ardente no meu único sertão,
Eu sigo na estrada negra meditando em tudo,
Os meus olhos monopolizam toda coloração,
E na pista vazia é que voa a luz, eu fico mudo.
O carroceiro e sua carroça na mesma andança,
Sobem a elevação da labuta diária sem pressa,
Olham a faísca negra deslizar no asfalto negro,
E a faixa contínua amarela abre-se bem depressa.
Nas curvas eu nem percebo que a minha mente,
É sabedora e projeta todos os meus movimentos,
Alterando nas arcas, e os pés pisando leve no pedal.
Mas um dia eu vencerei o tempo neste pavimento.
Haverá um espaço para as letras e matar toda a sede,
Desfrutando melhor as minhas palmeiras de babaçu,
Onde canta o bem-te-vi na melodia sem a minha canção,
Por inteira falta de tempo e sem qualquer acomodação.
Eu viajo com fronteira definida mais com a lição do dia,
Em aprender que a vida é um barítono na extensão do sol,
E suplico ao meu São Erasmo que me guie sem sofrimentos,
Na peleja que não tem fim, abreviando as dores sem sentir.
O retrovisor desfia o pretérito por onde terminei de passar,
Olho e sinto que não estou tão sozinho nas vias desse piso,
Atrás, vêm sonhos, imagens, caminhos pra quem vai chegar,
Nas esperanças que atravesso o oceano verde e seco do mar.
Já é noite tudo resolvido, faço o retorno às palmáceas verdes,
A escuridão remata a cor dos meus olhos perdidos na estrada,
Logo, eu necessito aumentar a velocidade para cento e trinta,
E a pista mais negra não adormece com o barulho do motor.
Eu sinto a distância penetrar na minha alma abertamente,
E corro para alçar mais liberdade nas minhas visões noturnas,
Percebo que o vento ficou para trás, e são vinte e três horas,
É hora de amortizar a presteza para noventa km por hora,
E voltar com os sonhos em poesia às vezes triste com alegria.
É manhã de sol ardente no meu único sertão,
Eu sigo na estrada negra meditando em tudo,
Os meus olhos monopolizam toda coloração,
E na pista vazia é que voa a luz, eu fico mudo.
O carroceiro e sua carroça na mesma andança,
Sobem a elevação da labuta diária sem pressa,
Olham a faísca negra deslizar no asfalto negro,
E a faixa contínua amarela abre-se bem depressa.
Nas curvas eu nem percebo que a minha mente,
É sabedora e projeta todos os meus movimentos,
Alterando nas arcas, e os pés pisando leve no pedal.
Mas um dia eu vencerei o tempo neste pavimento.
Haverá um espaço para as letras e matar toda a sede,
Desfrutando melhor as minhas palmeiras de babaçu,
Onde canta o bem-te-vi na melodia sem a minha canção,
Por inteira falta de tempo e sem qualquer acomodação.
Eu viajo com fronteira definida mais com a lição do dia,
Em aprender que a vida é um barítono na extensão do sol,
E suplico ao meu São Erasmo que me guie sem sofrimentos,
Na peleja que não tem fim, abreviando as dores sem sentir.
O retrovisor desfia o pretérito por onde terminei de passar,
Olho e sinto que não estou tão sozinho nas vias desse piso,
Atrás, vêm sonhos, imagens, caminhos pra quem vai chegar,
Nas esperanças que atravesso o oceano verde e seco do mar.
Já é noite tudo resolvido, faço o retorno às palmáceas verdes,
A escuridão remata a cor dos meus olhos perdidos na estrada,
Logo, eu necessito aumentar a velocidade para cento e trinta,
E a pista mais negra não adormece com o barulho do motor.
Eu sinto a distância penetrar na minha alma abertamente,
E corro para alçar mais liberdade nas minhas visões noturnas,
Percebo que o vento ficou para trás, e são vinte e três horas,
É hora de amortizar a presteza para noventa km por hora,
E voltar com os sonhos em poesia às vezes triste com alegria.