ETERNIDADE ?
o verso se fez carne
habitou o homem
morrendo
sobrevivendo no desespero
nos gritos por liberdade
ultrapassando janelas e portas inválidas
vales de ignorâncias e violências
paralisado de horror,medo e sofrimento
sangue jorrando nas linhas e frases
e nas pausas das pensadas vírgulas
renascendo poema prematuro
órfão sobrevivente , carente
secando feridas do passado
semeando letras-esperanças
carícias nos muros cegos, maltrapilhos
ou simplesmente sendo eternidade
do que foi ou poderia ter sido um dia.
30/08/06