ETERNIDADE ?

o verso se fez carne

habitou o homem

morrendo

sobrevivendo no desespero

nos gritos por liberdade

ultrapassando janelas e portas inválidas

vales de ignorâncias e violências

paralisado de horror,medo e sofrimento

sangue jorrando nas linhas e frases

e nas pausas das pensadas vírgulas

renascendo poema prematuro

órfão sobrevivente , carente

secando feridas do passado

semeando letras-esperanças

carícias nos muros cegos, maltrapilhos

ou simplesmente sendo eternidade

do que foi ou poderia ter sido um dia.

30/08/06

Maria Thereza Neves
Enviado por Maria Thereza Neves em 30/08/2006
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