A MALA DO TEMPO

O tempo leva consigo uma mala

Que ontem era mochila

Amanhã talvez maleta

Hoje, simplesmente mala.

Mas um dia a mala já foi nada,

O tempo andava só,

Pelas ruas tortuosas da vida.

Não carregava nada,

Ora, não precisava.

O tempo era leve, leviano...

Andava, e só...

Quando era assim,

Sorria sem motivos,

Tocava corações,

Ah! O tempo era uma sinfonia

Afinada com o amor de quem nem

Sabia que amor era preciso,

De quem vivia, e só... vivia!

Mas um dia,

O tempo virou inimigo de todos

Todos o queriam guardar nas suas malas

Ora, o que é essencial não se esquece de botar

Mas, ah! O tempo não dá tempo

E carrega a sua

A sua própria mala.

Nela, o tempo leva o que todos esquecem

De por nas suas malas.

Ele é tão poético, que diz que carrega

Carrega, oh! Que pesado?

Não.

O tempo carrega a simplicidade,

E vai andando simples, carregando uma mala

Simples, sorrindo com motivos simples.

Tocando os corações mais simples!

Porque a vida deve ser um dia simples,

Onde o tempo passa despercebido

Carregando uma mala invisível....

gabriela gaia
Enviado por gabriela gaia em 29/05/2010
Código do texto: T2287919
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