Pétalas ao chão
Pétalas ao chão
E mais uma vez vê-se petalas no chao,
Galhos quebrados e rosas destruidas pelas tuas mãos.
Sinto também partes do meu corpo falecendo,
Minha alma cedendo as minha mils agonias.
Pois todavia minha natureza tem cansado,
A beleza tem perdido seu proprio encanto.
Vê-de as minhas petalas murchas e mórbidas,
Frias e tenebrosas, mesmo com o chegar do orvalho.
Que mêsmo regando-me não me acrescenta vida,
Pois rachada e dividida se acha a minha alma.
O sol quente e me seca e resseca as gotas.
Gotas do findo orvalho que viera a me banhar.
E aos tantos vão caindo as minhas pétalas,
E já não restando nada, me entrego a areia.
Minha vida é um sopro de um suspiro,
É assim que vivi, nasci até um dia o tempo me ceifar.
Victor Cartier