RUMINANTE
Preciso fugir dessa vida
Dos tumultos e das falsidades.
Prefiro viver entre os bois
A ruminar tantas atrocidades.
E por mais que tenha estômago
Não há como digerir inverdades.
Notícias badaladas por todo lado
Poluindo o silêncio da grande cidade.
Há um jardim farto de ervas daninhas
Para bichos do mato de qualquer idade.
O rio onde matam a sede tem piranhas
Não é como o rio onde as antas fazem necessidades.
O trânsito mata e é intenso...
Via dupla repleta de infidelidades.
Vou-me embora para o coração da floresta,
Quero viver na irracionalidade.