RUMINANTE

Preciso fugir dessa vida

Dos tumultos e das falsidades.

Prefiro viver entre os bois

A ruminar tantas atrocidades.

E por mais que tenha estômago

Não há como digerir inverdades.

Notícias badaladas por todo lado

Poluindo o silêncio da grande cidade.

Há um jardim farto de ervas daninhas

Para bichos do mato de qualquer idade.

O rio onde matam a sede tem piranhas

Não é como o rio onde as antas fazem necessidades.

O trânsito mata e é intenso...

Via dupla repleta de infidelidades.

Vou-me embora para o coração da floresta,

Quero viver na irracionalidade.

Janete do Carmo
Enviado por Janete do Carmo em 29/05/2010
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