Fim de tarde
O sol sumiu no horizonte, o dia se foi
De mancinho e com uma beleza ímpar
Difícil foi enfrentar a escuridão da noite
Fria que fazia tremer a meiga alma.
Na solidão que devastava manteve-se a calma
Pensou em pedir socorro à imensidão do amor
E de cabisbaixo meditou e implorou
A aproximação da luz que brilhava no infinito.
Manteve-se centrado no amor vivido
O uivo do vento no telhado o amedrontava
E no descampado aproximava a aurora
E no cerrado a verde esperança do viver.
Aproximavam-se os pássaros da angústia
E do sofrer, que com sua alvorada alegravam
O taciturno preste a morrer.