A CHUVA

A garoa começou

Como simples nevoeiro,

Como gotas de orvalho,

Como noite de sereno,

Que molha todas as plantas

Mas não encharca o terreno.

A garoa escorreu fina

Na sarjeta, na cortina,

Na calha, no pára-brisa...

Deslizando até o chão

Caminhando em zig-zag

Como em uma serpentina.

A garoa aumentou

Enquanto o tempo passava,

Enquanto o sol não saía,

Enquanto a nuvem cobria,

Tudo aquilo que se via

Dos arranha-céus da cidade.

A garoa virou chuva,

Encheu vielas e ruas,

Fez todo mundo parar.

Os carros a minha frente

Ficaram presos as correntes

Não saíram do lugar.

Esta chuva mais forte,

Que ia de encontro ao norte,

Chamava muita atenção.

A água que escorria,

Pela sarjeta, e sumia,

Parecia um turbilhão.

A chuva então virou

Verdadeiro temporal

Levou tudo na corrente

Encheu rio e canal

Provocou várias enchentes

Deixou pessoas doentes

Sujeiras pelo quintal

Depois de algumas horas

O temporal foi embora,

Tudo voltou ao normal.

Poeta dos Mares
Enviado por Poeta dos Mares em 27/05/2010
Reeditado em 14/03/2011
Código do texto: T2283250
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.