O perfume e a borboleta
Todo segredo guarda um sentido
toda borboleta tem quatro fases
O perfume na pele
aos poucos vai revelando instintos e sonhos
Uns perdem a razão.
Em quatro versos, ou quatro luas
tudo se perfuma
e o que resta é cheiro e desejo
Nas duas primeiras fases
a memória também fica na noite
O perfume que a liberta do casulo
ainda não revela nem pele nem o toque
A borboleta não voa, desliza
Carrega nas asas o desenho do mistério
enquanto dança o corpo perfumado
que se perde pelo sonho alheio.