O perfume e a borboleta

Todo segredo guarda um sentido

toda borboleta tem quatro fases

O perfume na pele

aos poucos vai revelando instintos e sonhos

Uns perdem a razão.

Em quatro versos, ou quatro luas

tudo se perfuma

e o que resta é cheiro e desejo

Nas duas primeiras fases

a memória também fica na noite

O perfume que a liberta do casulo

ainda não revela nem pele nem o toque

A borboleta não voa, desliza

Carrega nas asas o desenho do mistério

enquanto dança o corpo perfumado

que se perde pelo sonho alheio.

Valtencir Gama
Enviado por Valtencir Gama em 27/05/2010
Reeditado em 27/05/2010
Código do texto: T2282712
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