...Só solidão

Não adianta cantarolar pra disfarçar

Não convém abrir sorrisos desajeitados

Ela me olha nos olhos do espelho sem cessar

Me espreita dentro da noite dos pecados

Ela anseia me engolir nas brechas frias

Que as horas melancólicamente abrem

Como a pedir de mim sonoro amém

Na adesão das minhas falas vazias

Escorre pelas paredes e ganha vida

Pulsando quente dentro de mim

Me guardo pra ela que me convida

Ungida e calada sigo pelo sem fim...

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 07/06/2005
Código do texto: T22827
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