Serpente
(do meu dueto com Baudelaire)
Enrolada no cetro de marfim
Presa no visgo de beijos
Entre teus incensos de benjoim
Caminho em desejos
Afinada algoz de teus amores
Desmaio em anunciação
Na mansidão de teus favores
Cativa em oração
Pitoniza fecunda da alegria
Bebo a seiva nobre
Destilada em seitas de fantasia
Que minh´alma cobre
Danço passos duros e rutilantes
Pretensa liberdade
No refúgio dos cegos amantes
Primícia de felicidade