ONTEM NASCEU UM POETA
Dores fortes, felicidade,
Aquela linda mulher passou,
Mas atingiu a sua meta,
E sem o saber na verdade,
Ela deu à luz um poeta.
Sua morte não a deixou ver
O desenvolvimento do ser
Que no dia dois ela deu à luz.
Dois de junho abençoado
Nasceu um poeta sarado
Que na vida arrastou sua cruz.
Enquanto a cruz arrastava
Tal poeta não poetava
Nem lhe vinha a inspiração.
Mas sessenta anos mais tarde.
Revelou-se nele sem alarde
Ser um poeta de coração.
Tudo com tudo sabe rimar,
Especialmente amor com amar.
Canta a vida á sua maneira.
Poetando e escrevendo,
Essa sua vida vai sendo
Uma poesia sem canseira.
Em Dois de Junho faz sessenta e seis Primaveras,
Canta para reis, para plebeus, nobres e princesas.
Vai cantando sonhos, felicidades e quimeras.
Honrando com poesia o Criador e suas proezas.