A DERIVA
A DERIVA
Itana Goulart
Lágrimas escorrem ,
queimam minha face
Lamentos dos meus ais
Na pressa de viver, me perdi
Hoje caminho sem saber aonde ir
Tonta, perdida, esmorecida pela dor!
Sem rumo, sonhos sem matizes!
Tentando fechar feridas,
ignorando velhas cicatrizes...
Estou qual barco a deriva
Largada no mar da vida,
sem rumo, sem direção...
Minha bússola destruída,
giroscópio sem estabilidade,
não tenho como dar continuidade...
Como irei me guiar?
Quero sair, fugir, sumir, seguir...
Recordações obscuras,
sentimentos misturados, escanifrados..
Nesse emaranhado de coisas,
Passa o tempo, sofro calada.
Cada vez mais na teia me embrenho
Sinto-me completamente aprisionada...
Procuro uma saída
Mas que direção tomar?
Ouço ao longe um sino badalar
Grito, choro, imploro,
Não me deixem em lágrimas afogar...
Preciso dos laços me libertar!
RJ, 2010-04-15