QUANDO VERSEJEI "EU TE AMO"
Quando eu proferi..."eu te amo"
Meu mundo estava gelado,
Meus versos desencontrados,
Quando a ti eu só versejei .
Meus ossos esfacelados
E um coração apertado,
Foram aos poucos amornados...
Quando aos versos me entreguei.
Eu não soletrei "e-u t-e a-m-o"
Para as letras o descrever!
Ali não havia palavras,
somente mil rimas embargadas,
Na alma ...qual rude mortalha!
De amor a me remoer...
E quando busquei por meu ser
Para em mim reaver o teu ser!
Ali já não era só eu
A me descrever: "eu te amo".
O amor na medida exata,
Tomava-nos a voz das palavras,
Quando a ti então gritei.
E entre gemidos sopranos
A nós murmurei: "eu te amo"
Para não mais te esquecer...
No eco do meu desengano
Somente haveria um engano:
A minha sentença... de ser.
Sentenciei "eu te amo",
(Em sendo...)
Para de amor não morrer...