QUEM SABE, UM DIA...

Quem sabe

quando

um dia

eu nem seja

nem lembrança

nem nostalgia

deixando

de incomodar

os folguedos

o festejar

de brinquedos

e quem sabe

quando

um dia

eu nem ser

meus atos

meu querer

minha alegria

deixando

de assombrar

o querer

do que querem

que eu seja

faça desaparecer

o motejar

assim, quem sabe

quando

este dia

alvoreça

a semente

porque morta

floresça

perca-se a lenda

e desabrida

compreenda

minha oração

esta cantiga

incerta, torta

mas viva

em meu coração

que reza

porque erra

e quer acertar

farte o conselho

num abraçar

prazer de companhia

só por estar

consigo adiante

Cavalcanti

e/ou Coelho

ou outra nomia

quem sabe

um dia...

Joseph Shafan
Enviado por Joseph Shafan em 29/08/2006
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