SEM HÁLITO E SEM ÓDIO

Já não procuro rimas,

elas vão e voltam com o tempo

contento-me, em escrever com o sentimento,

condição que aflora a essência do prazer

modelados nos limites espontâneos,

denunciando a verdade das palavras.

Vou andando aos ventos

nos momentos de inspiração

bailando como se fosse canção.

Deixo as mãos levantadas

semeando os grãos das palavras,

para uma colheita cheia de frases versadas.

A poesia é o encanto do ritual dos veios da vida,

sem hálito, sem ódio,

sempre fazendo menção ao alto do pódio.