Passeando e pensando
Deixe-me.
Preciso comprar uma água.
Na pequena caminhada,
Eu respiro e escuto.
Com a impaciência que estou,
Posso até parar e sentar,
(O que não é de costume).
O movimento bailado,
Das folhas me acalmam.
A procura do canto do pássaro,
Ou do desfilar de uma borboleta,
Estendem um sorriso de esperança.
Um momento a só,
Traz duvidas ou explicações,
De nossa existência.
A lamentável corrida por papel,
Constrói o infortúnio alheio,
Instiga as disparidades,
Cria uma concorrência,
Que deixa feridos de sangue.
(A comunidade humana).
Ninguém pode fazer nada,
Porque já fez e faz de tudo.
Viajando nas guerras paisagísticas,
Jogo minha garrafa no lixo.
E sinto medo da minha passividade.
Apesar da dor que não me atinge,
Posso imaginar que rosas,
Árvores, mãos, cabelos,
Piões, livros, amarelinha, quadros
Pinturas, bebês, capim molhado,
Existem... Vivem... Exibem.
A tristeza rodeia,
Quando compreendemos,
As distorções causadas,
Pelo conjunto.
A alegria reina,
Quando inspiramos,
Nossa disponibilidade,
A cada individuo.