Passeando e pensando

Deixe-me.

Preciso comprar uma água.

Na pequena caminhada,

Eu respiro e escuto.

Com a impaciência que estou,

Posso até parar e sentar,

(O que não é de costume).

O movimento bailado,

Das folhas me acalmam.

A procura do canto do pássaro,

Ou do desfilar de uma borboleta,

Estendem um sorriso de esperança.

Um momento a só,

Traz duvidas ou explicações,

De nossa existência.

A lamentável corrida por papel,

Constrói o infortúnio alheio,

Instiga as disparidades,

Cria uma concorrência,

Que deixa feridos de sangue.

(A comunidade humana).

Ninguém pode fazer nada,

Porque já fez e faz de tudo.

Viajando nas guerras paisagísticas,

Jogo minha garrafa no lixo.

E sinto medo da minha passividade.

Apesar da dor que não me atinge,

Posso imaginar que rosas,

Árvores, mãos, cabelos,

Piões, livros, amarelinha, quadros

Pinturas, bebês, capim molhado,

Existem... Vivem... Exibem.

A tristeza rodeia,

Quando compreendemos,

As distorções causadas,

Pelo conjunto.

A alegria reina,

Quando inspiramos,

Nossa disponibilidade,

A cada individuo.

Veronica Ribeiro
Enviado por Veronica Ribeiro em 24/05/2010
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