Travas do presente
Sob os paralelepípedos,
Volto outros tempos.
E subindo a ladeira,
Senti-me familiarizada.
Os gritos nos troncos,
O pulsante ódio envolvido,
No tecido epitelial,
Não cederam os grilhões do mercado.
Com um toque nas paredes do século XIX,
Observo que a organização política,
É insolente e conveniente.
Os personagens apenas se renovam.
Não devo ter voltado a nada,
Continuo a ver amargura nos olhares.
Se, evoluíram os processos técnicos de produção,
A tecnologia e a sociedade física em termos de racionalidade,
Percebo que as emoções se atrasaram.
No ranking do respeito e justiça,
A porcentagem se envergonha,
Pelo valor decadente.
Reconhecer que o tempo só ascendeu,
E intensificou as expectativas do passado,
É um toque angustiante e imobilizado.
Há travas que não tem segredo.