Soneto I X

IX

Assim no meu interno, sonho-me fada, enfeito magias, eu sou florista

E com Bouquês de palavras, crio meu próprio mundo irreverente...feliz

De braços abertos, agarro a vida que ainda me resta nesta longa pista

Impotente assisto, a tudo isto, mas sigo aquilo que o meu coração diz

Resta a Esperança, que um dia a bonança ... inunde o coração do Homem

Num mar de calmaria, possamos um dia, rumar nos caminhos da paz plena

Veleidades absolutas, e neste meu sentir, há coisas que me transcendem

Quando sonho um poema, procuro a mais bela rima na estrofe mais serena

Dispo todo o mal do coração da Humanidade, dou-lhe a forma que desejo

Mitigo a dor que vai no Mundo, neste sentir profundo, hoje aqui deixo

Alguns retalhos da alma de quem vive de sonhos, á espera de Primaveras

E já no Outono da vida, através da vidraça, vejo a vida passar ligeira

Há mil estrelas a brilhar, em meus olhos o luar, de uma lua feiticeira

Bailarinas as estrelas, são cometas artesãs, desenham no azul quimeras

Cecília Rodrigues
Enviado por Cecília Rodrigues em 28/08/2006
Reeditado em 28/08/2006
Código do texto: T227434
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