Velejar

Aprendi a ter entre as mãos

a presença das incertezas,

a velejar em barcos sem velas

sem o cheiro da tua imagem

Meu tempo ponteia horas incompletas

de madrugadas desabrigadas

em águas rasas

onde saudades semeiam

prantos de mar

Sigo na dança das ondas

fantasiada da última estação

molhada no azul dos segredos

com essências do fogo

do último verão

Conceição Bentes

23/05/10

Conceição Bentes
Enviado por Conceição Bentes em 23/05/2010
Código do texto: T2273929
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