LOUCO

No sepulcro da minha inconsciência

Nessas químicas que detêm os meus sentidos

Privam-me dos meus raciocínios

Para que eu possa ser rotulado como louco

Se vibro com as minha sensações

Com gestos ou gritos ecoados

Se ninguém ouve os meus apelos

Sou um louco em minha mente aprisionado

Porque esses maus tratos insanos a me atinge?

Se dependo da saúde em uma folha de papel

Com traços indefinidos ou rascunhos

Que a química lentamente minha mente anestesia

Sensações de tremores me chegam ao corpo

Percorrem caminhos por mim ainda desconhecido

Atiçados em cubículos quatro por quatro

É mais um louco alienado ao sofrimento

Pulhas, inimigos do Pinel

Dobrem-se aos seus raciocínios

Que prisões foram feitas para assassinos

Não para loucos de mente livre