HOJE SEM AMANHÃ...
Pus-me de pé
e fitei o ontem
no espelho do tempo.
Vi um menino
num corpo velho,
respirava cansaço.
Vi uns sonhos que
passavam rápidos;
viravam pesadelos!
Vi uns olhos tristes
pelo tempo passado,
choravam meninice...
Vi o tempo gargalhar
troçando o moleque
que não era eterno!
Vi daqui de cima
uns sonhos vexados,
pediam a morte.
Vi o espelho refletir
todo o passado no
meu hoje sem amanhã...
Vi um menino
buscando espaço
a ferro e aço...
Me vi tentando
emergir, vencer,
ganhar espaço.
Me vi meio aço
bem diferente
dessa matéria/bagaço.