VERITA VINO
Se, tens a verdade única,
Se me faz perder o senso,
O qual ser o bom: penso,
Visto tua vermelha túnica.
Reflete o brilho d’olhar
Na película d’aquela borda.
Deixa-me ludibriado a sonhar
Com o acordar de uvas mortas.
O Baco que me perdoe,
Bebo com mais ardor
E risadas que na cave ecoe
É o som de singular sabor.
Sempre em boa companhia,
Presença forte e feminina
Num prazer que contamina
A realidade, por magia.
O repouso do depois
O branco também requer.
Quando o sono for a dois,
Que seja com uma mulher.