[Singular]
Entre tantas
neste bar,
a tua singular figura
de mulher!
Não, eu não sei achar
as razões da beleza
de teu rosto - és bela,
eis o fato mutável!
Torturo-me, reviro
a mente, e nada!
És bela - é só o que sei...
E perco-me em teu
olhar assim, oblíquo...
O bar se esvazia,
e segues teu caminho;
o nada avulta
por todo o bar;
e pior: avulta essa
tragédia de estar só.
[Penas do Desterro, 07 de novembro de 2009]