Passageiro
Onde estás ó razão de minha vida?
Travessias por caminhos esquecidos,
noites de sonhos e pesadelos,
olhares e rostos que se perdem.
Saudades, abraços e despedidas...
Sei que serei como a nuvem
que se transforma e passa.
Meu pensamento me ronda.
Enquanto há vida, há vigília.
Haverá sempre uma força
inexplicável e estranha
no descer da chuva
e no subir da fumaça.
Em silêncio a transformação.
Irei para o infinito
quando as velas se apagarem.
Ficarei no esquecimento
em meio à aflição e lágrimas,
a cerimônia da despedida.
Flores terei na minha saída.
Ninguém mais se lembrará de mim.