Pausa lírica
Minhas mãos prateadas te procuram
depois de um dia de carvão e de pedra.
O corpo quente, tão bom, espanta o frio do caminho.
O amor são duas doiradas borboletas;
Deus fez o amor, o diabo o licor.
A lua fecha as cortinas e apaga as estrelas:
hoje o poeta só fará poema.