Dia comum
As pedras saem do lugar,
As folhas ficam tontas,
A paisagem se cansa,
De ver todo dia aqueles ônibus.
As pessoas correm, se batem,
Fazem caretas, acumulam suas angústias,
Respiram os problemas dos outros.
E o sol continua olhando a Terra.
Não dá para parar,
Todos seguem sem pensar,
Só pisam e empurram,
Não raciocinam.
A mecanização faz esquecer,
A insignificante arvore,
Que abriga a sinfonia dos pássaros.
O esquecimento não sente.