Dia comum

As pedras saem do lugar,

As folhas ficam tontas,

A paisagem se cansa,

De ver todo dia aqueles ônibus.

As pessoas correm, se batem,

Fazem caretas, acumulam suas angústias,

Respiram os problemas dos outros.

E o sol continua olhando a Terra.

Não dá para parar,

Todos seguem sem pensar,

Só pisam e empurram,

Não raciocinam.

A mecanização faz esquecer,

A insignificante arvore,

Que abriga a sinfonia dos pássaros.

O esquecimento não sente.

Veronica Ribeiro
Enviado por Veronica Ribeiro em 21/05/2010
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