Derrapagens!

O olhar degredado, sentimento ralhado,

Voz grave que esconde tantos atos,

Encenação para famigerados & afoitos,

Batidas em todos os bicos possíveis,

Em terra de alienados sempre falta luz,

Pequenos traumas viram inundações,

Passa longe do melhor pensamento,

Afogam-se em diminutas tragédias,

Corte, viração na piada sem graça,

Titubeia quando precisa de firmeza,

Endurece quando deve ser mais meiga,

Pagando sempre mais caro a conta,

Reclamar virou média nacional,

Enfiar os pés pelas mãos, tão normal,

Só cai a ficha, depois que a nau,

Tomou a vazante, já larga distante,

Mais azeda fica, tudo estranho é,

Novelos se misturando aleatoriamente,

Novas comédias para dramas insatisfeitos,

O ar rarefeito que embriaga a visão,

Sobram penas, pregos & pedras,

Além de fugas desnecessárias, cismas,

E todo o gosto amargo da solidão!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 28/08/2006
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