Insônia

Não durmo

porque não quero que acabe o dia.

Para que o próximo despontar de sol,

que ilumina os passos lentos,

repletos de cansaço e desilusão,

resplandeça sobre a mesma realidade

do dia anterior,

que ainda não está acabado.

Às vezes,

quando a noite alcança sua máxima escuridão,

e ouço pios de corujas perdidas

ou grilos anunciando mais uma chuva que vem,

recolho-me aos aposentos.

Para que, com o primeiro raio de sol,

possa me animar,

e trilhar um caminho diferente.

Com azulejos regulares e planos,

brilhantes como minha alma,

essa que sempre espera um novo dia,

para prolongá-los

com mais tranquilidade e paz.

25/11/09

Diego L Macedo
Enviado por Diego L Macedo em 20/05/2010
Reeditado em 10/05/2020
Código do texto: T2269510
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