Transposição – I
Corredor longo, portas trancadas,
Sinais de sangue expresso, gotas,
Variação térmica a cada passo,
Trilha imposta que não acaba
Pelo contrário, amplia-se a cada metro,
Nada abre, nenhuma chave, sem avisos,
Pernas bambas pela vasta caminhada,
O silêncio absurdo com tudo parado,
Apenas sons do movimento, passos,
A batida do coração & a respiração,
O ar ainda é bom, porém frio, frio,...
Lembra uma alameda de ventos uivantes,
Mais adiante tem uma cabaça no chão,
Debaixo dela uma mancha, estava quebrada,
O cheiro era de água que vazara...
Próximo, agachado, salta um cigarro,
O último do maço, fumaça solta no ar,
Descanso até o trago final, seguindo...
Uma bala na boca, a cabaça na mão,
Fica o resto em cima da mancha,
Do cigarro apagado, um risco na parede...
Seguindo adiante pelo corredor das portas fechadas...
Peixão89