Um Poema
O papel é escrito,
pela janela aberta,
do coração, pelo grito,
das flores na floração.
Então, nasce o poema,
letras mágicas, doces,
amargas, vindas da gema,
protegido pela pele fina da paixão.
E assim, vai a poesia,
num papel laminado de bom-bom,
na feitiçaria da voz, no som,
do algoz, destruindo a criação.
O papel é escrito,
pela vontade incerta,
da razão quando louca,
queimando pessoas, boca a boca.