Aquário
Entre a escuridão o aquário
Com luz neon de peixes abarrotado,
De variadas cores preto, rubro e doirado.
Cada um que ali passava, parava
E olhava; decorria o tempo.
Dali ninguém arredava, tamanha
A paz que dos peixinhos emanava.
O espectador de rosto sonolento
Aparentava-se, sorria maravilhado.
Tamanho era o encantamento
Que profundamente respirava.
Dali ao sair às vitrines das ruas
Já desertas eu admirava, não via
Mais os peixinhos, não havia luz
De neon nem o aquário que eu sonhava.