1968-II
Sou aquela pedra
lançada
em 1968!
Sou a barricada
e a língua falante
calada,
atordoado
pela bordoada!
Sou a estrela cadente,
o levante
a pedra polida
e a danada
da dor de dente
nas bocas de lobo
dos soldados
e dos tenentes!
Sou aquele rebento
que nasceu da entranha
da madrugada
em 1968!
Sou a nobre façanha
das Forças do povo
Unidas
e Amadas!