LIBERTAÇÃO
Pela janela aberta a minha frente
escapam-se meus olhos que se perdem
extasiados nos céus...
Pela janela aberta dos meus olhos...
foge-me a alma...
e no cativeiro estreito de meu corpo
sedento de expansão,
ganha a imensidade, o espaço limitado
e se liberta, se deleita, se inebria
e se exalta, ainda sorvendo o vinho
de luz entoando a cânfora do sol.
Num instante libertada
todos olhos, toda alma
delicio-me das contingências culturais
que algemam meu ser corporal...