LIBERTAÇÃO

Pela janela aberta a minha frente

escapam-se meus olhos que se perdem

extasiados nos céus...

Pela janela aberta dos meus olhos...

foge-me a alma...

e no cativeiro estreito de meu corpo

sedento de expansão,

ganha a imensidade, o espaço limitado

e se liberta, se deleita, se inebria

e se exalta, ainda sorvendo o vinho

de luz entoando a cânfora do sol.

Num instante libertada

todos olhos, toda alma

delicio-me das contingências culturais

que algemam meu ser corporal...

Delza Breder Nolasco
Enviado por Delza Breder Nolasco em 07/06/2005
Código do texto: T22650