Volte Pá
Venha e cante teus velhos e novos fados
Aos ouvidos dessas nossas gentes
Desafinadas
Que aqui se aportam sem almas
Sem brios, sem porte
Num desterro sem fim
em cântaros, sem paços
Em trôpegos passos
Ponho os pés no mar
Solitário, pergunto aos meus ouvidos:
Não vistes por aí
Algum novo navegador?
De pele alva
E um astrolábio por ideal?
Pronto a desdobrar o mundo
A caberem seus sonhos sem fim?
Volte Pá
Que me mato
Esperando, sonhando
Em teus alecrins
Não te esqueças também,
Quero as almas de teus castelos
Para desfazermos
O longo cisma
E em suave mandolinata
Juntando as freguesias
Rezarmos à Virgem
Numa eterna Iria.....