Volte Pá

Venha e cante teus velhos e novos fados

Aos ouvidos dessas nossas gentes

Desafinadas

Que aqui se aportam sem almas

Sem brios, sem porte

Num desterro sem fim

em cântaros, sem paços

Em trôpegos passos

Ponho os pés no mar

Solitário, pergunto aos meus ouvidos:

Não vistes por aí

Algum novo navegador?

De pele alva

E um astrolábio por ideal?

Pronto a desdobrar o mundo

A caberem seus sonhos sem fim?

Volte Pá

Que me mato

Esperando, sonhando

Em teus alecrins

Não te esqueças também,

Quero as almas de teus castelos

Para desfazermos

O longo cisma

E em suave mandolinata

Juntando as freguesias

Rezarmos à Virgem

Numa eterna Iria.....

Carlos A Funghi
Enviado por Carlos A Funghi em 18/05/2010
Código do texto: T2264649
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