A verdade banida
Eu sou o fogo, a trapaça,
O olhar da mentira, o tremular da voz,
Quando dizes bom dia,
Não existe nobreza, oh caolha alteza,
Em trair um irmão de seu próprio trono,
Num exílio do mundo, banhado em dor,
Fenecendo em veneno.
Nem minhas crias de sangue,
Á quem brindei veemente,
Puderam ser livres e alheias a igual punição.
Encarcerados e subjugados,
Aguardamos sem gratidão,
Esperando o dia em que juntos,
Navegaremos voltando pra casa,
E marcharemos tal qual soldado,
Pais e filhos, lado a lado,
Pra destruir, e derrubar ao chão,
Até que de pó e cinzas se façam as muralhas,
Do Dourado Alto Salão.