Eu amo viver, tão fácil de dizer...
Ainda que a criança que tomba no oriente
Não vá brincar com a que tomba aqui na favela
Ainda que a menina que venda o corpo no breu das esquinas
Diga que é para alimentar o filho que nunca vai ter
Eu amo viver, tão belo de dizer...
Ainda que tombem em mais uma guerra
Os filhos que nunca iremos ver crescer
Ainda que os políticos todos roubem
O que o povo sequer tem para comer
Eu amo viver, tão simples de dizer...
Ainda que insanos pregadores gritem nas praças
Condenando as desgraças e falando da graça
De deuses solitários, distantes e silenciosos
Que nunca nós vamos ver nem compreender
Eu amo viver, tão prático de dizer...
Ainda que o dinheiro nos compre todos os sonhos
A vida, a alma, a rotina, o desejo e a tal liberdade
Deixando-nos a ignomínia de parcas migalhas
E mortalhas que em desfile vestimos para entreter
Eu amo viver, tão profético de dizer...
Ainda que se creia nesse mundo visto pela tela da tv
E numa verdade mal escrita estampada nos jornais
Numa felicidade aprisionada no silêncio das catedrais
Ou nesses tantos livros que tanto nos ajudam a viver
Eu amo viver, tão poético de dizer...
Ainda que toda essa vã poesia não diga nada
Que palavras soltas ao vento não ensejem voltar
Que o amor seja apenas um demônio da madrugada
E que toda a beleza em volta tenhamos que inventar
Eu amo viver...
Tão fácil e tão belo de dizer
Tão simples e tão prático
Tão profético e tão poético
Tão patético, tão necessário
Ainda que a morte nos defina
E nos aguarde lá no horizonte
Sem nem pensar em nos esquecer...
Essa poesia sempre foi desejo e sina
Entre dois abismos apenas uma ponte
E entre o que se quer o que se imagina
O que nos faz imaginar querer viver...
(Poesia On Line, em 18/05/2010)
Ainda que a criança que tomba no oriente
Não vá brincar com a que tomba aqui na favela
Ainda que a menina que venda o corpo no breu das esquinas
Diga que é para alimentar o filho que nunca vai ter
Eu amo viver, tão belo de dizer...
Ainda que tombem em mais uma guerra
Os filhos que nunca iremos ver crescer
Ainda que os políticos todos roubem
O que o povo sequer tem para comer
Eu amo viver, tão simples de dizer...
Ainda que insanos pregadores gritem nas praças
Condenando as desgraças e falando da graça
De deuses solitários, distantes e silenciosos
Que nunca nós vamos ver nem compreender
Eu amo viver, tão prático de dizer...
Ainda que o dinheiro nos compre todos os sonhos
A vida, a alma, a rotina, o desejo e a tal liberdade
Deixando-nos a ignomínia de parcas migalhas
E mortalhas que em desfile vestimos para entreter
Eu amo viver, tão profético de dizer...
Ainda que se creia nesse mundo visto pela tela da tv
E numa verdade mal escrita estampada nos jornais
Numa felicidade aprisionada no silêncio das catedrais
Ou nesses tantos livros que tanto nos ajudam a viver
Eu amo viver, tão poético de dizer...
Ainda que toda essa vã poesia não diga nada
Que palavras soltas ao vento não ensejem voltar
Que o amor seja apenas um demônio da madrugada
E que toda a beleza em volta tenhamos que inventar
Eu amo viver...
Tão fácil e tão belo de dizer
Tão simples e tão prático
Tão profético e tão poético
Tão patético, tão necessário
Ainda que a morte nos defina
E nos aguarde lá no horizonte
Sem nem pensar em nos esquecer...
Essa poesia sempre foi desejo e sina
Entre dois abismos apenas uma ponte
E entre o que se quer o que se imagina
O que nos faz imaginar querer viver...
(Poesia On Line, em 18/05/2010)