De vários assuntos e nenhum em comum.

Acaso lá, sou eu quem ouça lição de moral?

Acaso a vida já não encontra-se

perdida, destruída, despedaçada, repartida

a ponto de ninguém me entender mal?

Acaso seu olhos se escurecem

sem nenhuma prece

ou mais nenhuma reação

sem aquele gosto que fere

talvez não haja perdão

nem a dor que confere.

E, acaso, acaso repito

já foi, acaso, transcrito

e está inrustido e revestido

como desculpa de menino

que acha que faz sentido?

E, se, acaso, escrever

sempre que sofrer

ai de mim, infindáveis

serão as folhas

Procurarei ali minha redenção.

Escrever de secas lágrimas

de quentes sorrisos

de frias mãos e

ardentes línguas

Escrever como poeta,

com o que vier a mão.

E sem a tosse cessar

mal do século, mulher, bebida

morrer como digno poeta

morrer para completar a vida.

Eduarda Daibert
Enviado por Eduarda Daibert em 18/05/2010
Código do texto: T2264142
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