De vários assuntos e nenhum em comum.
Acaso lá, sou eu quem ouça lição de moral?
Acaso a vida já não encontra-se
perdida, destruída, despedaçada, repartida
a ponto de ninguém me entender mal?
Acaso seu olhos se escurecem
sem nenhuma prece
ou mais nenhuma reação
sem aquele gosto que fere
talvez não haja perdão
nem a dor que confere.
E, acaso, acaso repito
já foi, acaso, transcrito
e está inrustido e revestido
como desculpa de menino
que acha que faz sentido?
E, se, acaso, escrever
sempre que sofrer
ai de mim, infindáveis
serão as folhas
Procurarei ali minha redenção.
Escrever de secas lágrimas
de quentes sorrisos
de frias mãos e
ardentes línguas
Escrever como poeta,
com o que vier a mão.
E sem a tosse cessar
mal do século, mulher, bebida
morrer como digno poeta
morrer para completar a vida.