Frenesi*
A seda no corpo amado
O leito enlouquecido abriga o pouso
Mãos urgentes num passeio tresloucado
Abraço o dia e o prazer
Encontro-te no vale túrgido
Colinas sem sono num santo ceder
A palavra se queda e ensurdece
Na travessia o declamar mudo dos sentidos
Apenas o tato e o gosto apetecem
Entre o rumorejar das águas, as brancas espumas
Sonho vadio ou vida inventada
Liberdade na doçura , esperança sem amarras...
Não sei, só sei-me em ti
Mimado corpo, alma extasiada
Nós, um vôo em frenesi.
Karinna*