Frenesi*

A seda no corpo amado
O leito enlouquecido abriga o pouso
Mãos urgentes num passeio tresloucado

Abraço o dia e o prazer
Encontro-te no vale túrgido
Colinas sem sono num santo ceder

A palavra se queda e ensurdece
Na travessia o declamar mudo dos sentidos
Apenas o tato e o gosto apetecem

Entre o rumorejar das águas, as brancas espumas
Sonho vadio ou vida inventada
Liberdade na doçura , esperança sem amarras...
Não sei, só sei-me em ti
Mimado corpo, alma extasiada
Nós, um vôo em frenesi.

Karinna*
Karinna
Enviado por Karinna em 17/05/2010
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