Minha Escritura
Deixarei minha essência
nas folhas que o tempo haverá de guardar.
Não será possível aos olhos comuns entendê-la
tão pouco qualquer voz interpretá-la,
pois serão invisíveis à razão.
As páginas desse eterno livro que escrevo
serão manchadas pelo sereno da vida
que minhas trêmulas mãos há estações
esteve a colher em noites de solidão.
Minha escritura será entregue ao universo
onde habita os sentimentos e,
se por ventura tudo vier por acabar,
peço ao sol que a torne em cinzas
e que a lua a espalhe sobre
os restos desse mundo de ilusão.