Eu quis sufocar as palavras,

mantendo-as amordaçadas, dentro do peito!

Jurei, que não mais escreveria..

que a Poesia, abandonaria,

Mas não pude, não teve jeito!


Ela existe, dentro de mim...

E mesmo, quando a não quero,

Rasgas-me por dentro, as entranhas,

E consome-me com desespero!



E resta-me a Saudade imensa,

Que me agasalha hora-a-hora!

Entre as estrofes, de um triste Fado...

E doces recordações d'outrora!


Ainda que de brocado, não me enfeite,

nem cetim, meu corpo afague,

Minha escrita ténue e leve,

seja sempre lida com deleite,

e nela o Amor, nunca acabe!