Ainda espero...

Ainda espero teu olhar,

Aquele olhar profundo e inebriante

Que me atiça o desejo, o sonhar

E me faz seguir-te num rompante

Ainda espero teu tocar,

Aquele tocar insano e sedante,

Que me ameniza a alma, o amar

E me faz provar-te a cada instante

Ainda espero tudo, amante

Sabendo que esse tudo não virá

Sabendo que esse amor, sofrido, é também errante.

Agora nada espero, descrente

Sei que nada é um tudo e nada mais será

Sei que todo esse amor, sentido, nada mais é que delirante.

Eduardo Macário
Enviado por Eduardo Macário em 17/05/2010
Código do texto: T2262243
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