Ainda espero...
Ainda espero teu olhar,
Aquele olhar profundo e inebriante
Que me atiça o desejo, o sonhar
E me faz seguir-te num rompante
Ainda espero teu tocar,
Aquele tocar insano e sedante,
Que me ameniza a alma, o amar
E me faz provar-te a cada instante
Ainda espero tudo, amante
Sabendo que esse tudo não virá
Sabendo que esse amor, sofrido, é também errante.
Agora nada espero, descrente
Sei que nada é um tudo e nada mais será
Sei que todo esse amor, sentido, nada mais é que delirante.