Bem vindas de volta, Solidão e Tristeza!
Sabia que viriam, as toalhas estão limpas,
Não façam cerimônia, ponham-se à mesa!
Tristeza e Solidão, sejam muito bem vindas!
A casa está limpa, tudo no mais fino trato,
A hospitalidade há de ser sempre a mesma,
A mesma roupa, o mesmo preferido prato.
Sabia que viriam, cedo ou tarde
E que nunca iriam mesmo me abandonar.
Entrem! Mas não façam assim tanto alarde,
Quem dorme não quer acordar, quer sonhar.
Sei por que vieram; e sei até de onde,
Nada assim tão perto, nada tão longe,
Habitam o escuro das esquinas
E os ermos mais ermos do cais,
Lá onde reina soberana a Saudade
De tempos que não voltarão jamais!
Sabia que viriam, as toalhas estão limpas,
Não façam cerimônia, ponham-se à mesa!
Tristeza e Solidão, sejam muito bem vindas!
A casa está limpa, tudo no mais fino trato,
A hospitalidade há de ser sempre a mesma,
A mesma roupa, o mesmo preferido prato.
Sabia que viriam, cedo ou tarde
E que nunca iriam mesmo me abandonar.
Entrem! Mas não façam assim tanto alarde,
Quem dorme não quer acordar, quer sonhar.
Sei por que vieram; e sei até de onde,
Nada assim tão perto, nada tão longe,
Habitam o escuro das esquinas
E os ermos mais ermos do cais,
Lá onde reina soberana a Saudade
De tempos que não voltarão jamais!