Cavalheiro e dama

Um toque de piano,

A nota do sentimento,

Um pedido escondido,

E silêncio provocador.

O olhar curioso e devastado,

És investigador e preocupado,

Confuso nas abstrações,

Confiante na postura.

Solitário de esperança,

Habitado de amor,

Insistente de sentimentos,

Sedutor de inteligência.

Cavalheiro cortês,

Atrai-se pelo andar,

Resiste à falta da presença,

Procura à hora de se expor.

No pé da árvore as dores da incompreensão,

Caem feito pingos de brasa no coração.

O que pareces perdido retrata ilusão,

E a ordem se põe com seus respeitos.

Sem toques, beijos, carícias,

O desejo ardente e compromissado,

Encontra a expressão do feitiço,

E o vento tenta conformar as palpitações.

A recusa do orgulho,

A vergonha do preconceito,

Une suas características,

Numa sedução envolvente.

Nesse mistério,

A humildade e sinceridade,

Prevalecem nas respostas,

Exibindo suas tolerâncias.

Na história de repulsas,

Impera a teimosia de gostar,

O cavalheiro se presta ao papel,

E ganha à dama.

Veronica Ribeiro
Enviado por Veronica Ribeiro em 16/05/2010
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