Antológicas Suspeitas
Antológicas suspeitas
Firma n’água o firmamento.
Antropológica nojeira,
Faz sorrir casto o sentimento.
Antes que todos acordem do coma,
Que impõem o êxtase da soma,
Do pecado-instrumento.
Vivem em lânguidas curvas,
Tão incapazes de sentir.
Compartilham vidas turvas,
Com o desejo de exaurir
O tostão que por ele geme,
Moeda que os faz tremer,
Esta é sua sede, o seu leme:
O derradeiro prazer...
Fleumáticas princesas,
Titânicos magnatas,
De meditas insensatas
Num cenário de surpresas
Cínicas e fadadas,
A serem as presas
De mentes povoadas
Por demônios e certezas
De que suas princesas
E seus magnatas
Serão as propagandas
Da semana passada...
(escrito em 2002)