HOMEM DE RUA

Roupas simples,

Figura triste,

Olhar vazio em um infinito que não lhe pertence.

Sem sapatos,

Descalço vive.

Anda pelo mundo,

Mas o mundo o esqueceu.

Ora, pedi a Deus todos os dias.

Deste amigo não se esqueceu!

Às vezes corre,

Em outras anda,

Depende das pessoas,

Dos olhares que lhe é lançado!

Se esta triste não importa,

Pois a fome o sufoca,

Apesar de ser indigesta!

E assim viaja sempre,

Sem rumo certo,

Descalço e sujo,

Sem se lembrar o que é ter um abrigo!

Vinício
Enviado por Vinício em 15/05/2010
Reeditado em 05/01/2021
Código do texto: T2258937
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