HOMEM DE RUA
Roupas simples,
Figura triste,
Olhar vazio em um infinito que não lhe pertence.
Sem sapatos,
Descalço vive.
Anda pelo mundo,
Mas o mundo o esqueceu.
Ora, pedi a Deus todos os dias.
Deste amigo não se esqueceu!
Às vezes corre,
Em outras anda,
Depende das pessoas,
Dos olhares que lhe é lançado!
Se esta triste não importa,
Pois a fome o sufoca,
Apesar de ser indigesta!
E assim viaja sempre,
Sem rumo certo,
Descalço e sujo,
Sem se lembrar o que é ter um abrigo!