ROSTO
As vezes procuro um rosto
Perdido no vento
Perdido nalgum desgosto
E vejo-te em mil faces
Perdidas umas nas outras.
Às vezes sonho contigo
Percorro-te
Como ave de asas abertas
Presa no chão
Em voos de descobertas.
As vezes sinto teu cheiro
Que me alimenta todas as manhãs
Como o orvalho que cai
Repouso em ti
E descanso em promessas vãs.