Em Memória...

Alva ,ferida e fosca

A silhueta mau definida,

diante do poço

o rosto fragmentado,

a alma cansada, torturada, corrompida…

O poço seco,

como a vida,

apenas um balde que balança

ao movimento que dita o vento,

A terra rachada,

Vencida…

A Silhueta continua timida e parada,

lançando seus tristes e marcados olhos,

ao nada,

perdendo a esperança,

Que já esta corroida,

E a face descontruida chora,

O pó escorre banhando a solidão,

caído ao chão,

somente:

um papel em branco amassado,

Um pequeno laço,

a lápide sem descrição,

uma vela apagada,

uma camisa rasgada e manchada,

Os ossos fracos e quebrados,

Do ser largado,

sem nome nem mundo,

no sofrimento profundo,

no silêncio eterno.